"Nossa tarefa deveria ser nos libertarmos...aumentando nosso círculo de compaixão para envolver todas as criaturas viventes, toda a Natureza e sua beleza".
Albert Einstein
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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Brasil avança em pesquisas de biocombustíveis


A inovação tecnológica é o caminho para o Brasil carimbar seu passaporte definitivo no seleto grupo de países que produzem combustíveis limpos em escala global. Com expertise no etanol derivado da cana-de-açucar, o País busca avançar na chamada segunda geração desse combustível e, nos últimos seis anos, tem envidado esforços para produzir biodiesel em grande escala. Neste cenário, os centros de estudos de norte a sul do país - inclusive no Ceará - dão a sua contribuição para tornar competitivo o setor, garantindo a sustentabilidade.
O papel estratégico do Brasil na transição de produção de combustíveis fósseis para os biocombustíveis é mundialmente percebido. Os líderes do Global Sustainable Bioenergy Project(GSB), acreditam que a biomassa poderá suprir 30% da demanda internacional de energia para a mobilidade nos próximos 50 anos. Líder absoluto na produção de etanol de cana-de-açucar, o país poderá substituir, com esse combustível renovável e relativamente limpo, de 5% a 10% da gasolina consumida em todo em todo Planeta até 2025.
A meta, perfeitamente viável, demandará investimentos anuais de US$ 5 bilhões, em agricultura, indústria e logística, segundo dados apresentados durante a Convenção Latino-Americana do GBS. Os pesquisadores avaliam que o investimento proporcionará, em contrapartida, um aumento de US$ 31 bilhões/ano no valor das exportações.
Apesar dos entraves, sobretudo no campo, o biodiesel tem tudo para avançar, com planejamento, pesquisas que ampliem a produtividade das culturas envolvidas e inclusão social. A Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará(Nutec), por meio do Laboratório de Referência em Biocombustíveis(Larbio), tem pesquisado sobre a produção de biodiesel de gordura das vísceras de peixe. O peixe é composto de 10% de vísceras, delas extraem-se óleo, resultando na produção de 90% de biodiesel.
Há seis anos, quando foi lançado o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodesel(PNPB), a promessa era de desenvolver a agricultura familiar, sobretudo no Nordeste, com o cultivo de oleaginosas para servir de matéria-prima à produção de combustível.
A capacidade instalada de produção de biodiesel no País, está em torno de 5,1 bilhões de litros, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas(FGV). A demanda para viabilizar a mistura de 20% até 2020 é estimada em 14,3 bilhõs de litros, com investimentos de aproximadamente R$ 7,3 bilhões. O consumo nacional de biodiesel totalizou 2,5 bilhões de litros, em 2010, representando crescimento de 56% sobre 2009.